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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
 

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
 

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummont de Andrade

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal

O Natal costuma anestesiar as pessoas,
E são poucos os que realmente se lembram
Do motivo da festa,
Estão tão preocupados em
Comprar os presentes,
Preparar a ceia,
Comprar bebidas e limpar a casa,
Nas regras de etiqueta,
Guardanapos dourados,
Convites para todos os familiares,
Mesmo para aqueles que não suportamos,
Mas toleramos nestes dias,
Porque é Natal.
Natal de lojas cheias,
Na mesa… muitas bebidas,
Champanhe do mais fino,
Que serve para embriagar a alma vazia.
No centro da mesa o peru recheado
Ou o cabrito assado
Tudo tem de marcar presença,
Mas o motivo da festa
O nascimento de Cristo
É a própria ausência...
Cristo anda nas ruas
Sem ser notado,
Ninguém o nota…
Ninguém o socorre…
Ninguém o acolhe…
Mas a sua obra não para,
Cada vez existe mais sem abrigos,
Cada vez mais existem aflitos
Cada vez mais existem os que sofrem
A falta de paz interior…o vazio da alma…
Existe na mansão mais iluminada…
Na barraca mais miserável…
E Cristo entristece-se…
O Natal de maior parte das pessoas
É com o coração vazio…
Mas a fartura da mesa não reflecte o que vai na alma…
Por isso…eu hoje proponho uma busca interior
Nosso Senhor Jesus Cristo que ainda está lá fora
Há espera de um convite para entrar na nossa casa,
Sentar-se na nossa e repartir o pão
E se as lágrimas molharem o nosso rosto
Lembremo-nos de Zaqueu,
Cheio de pecados,
A receber a graça da visita de Jesus,
E Jesus te dirá:
'Hoje entrou a salvação nesta casa,
Porquanto também este é filho de Abraão.
Pois o Filho do Homem
Veio procurar
E salvar o que estava perdido”
Que Deus Nosso Senhor te encontre,
Que tu hoje e sempre te encontres com Ele…
Feliz Natal com Cristo, por Cristo e em Cristo.
(Lc 19, 1-10)

Feliz Natal especialmente para você que lê este meu pensamento até ao fim!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ama-me simplesmente por amor

Ama-me simplesmente por amor.
Não digas: "Amo-te pelo teu olhar,
o teu sorriso, a maneira de falar
honesta e branda. Amo-te porque sentes a
minha alma em comunhão constantemente
com a tua". 
Porque podes mudar
isso tudo, em ti mesmo, com o passar
do tempo, ou para ti unicamente.

Nem me ames pelo pranto que a bondade
das tuas mãos enxuga, pois se em mim
secarem, só pelo teu conforto, esta vontade
de chorar, pode ter fim este teu amor!
Ama-me por amor do amor, e assim
vais-me querer por toda a eternidade.
Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mudança

Hoje eu vou mudar, 

Vasculhar as minhas gavetas, 
Deitar fora os sentimentos e ressentimentos, 
Vou fazer limpeza ao armário, 
Retiraras traças, teias e angústias da minha mente, 
Parar de sofrer por coisas pequeninas, 
Deixar de ser menina para ser mulher. 
Hoje eu vou mudar, 
Pôr na balança a coragem, 
Entregar-me aquilo em que acredito, 
Para ser o que sou, sem medo, 
Dançar e cantar por hábito, 
E não ter cantos escuros, 
Para guardar os meus segredos. 
Parar de dizer, não tenho tempo para vida, 
A vida que grita dentro de mim, LIBERTA-ME! 
Hoje eu vou mudar, 
Sair de dentro de mim, 
E não vou usar só o coração, 
Parar de lembrar-me dos fracassos, 
Soltar os laços e perder as amarras da razão, 
Voar livre com todos os meus defeitos, 
Para que eu possa libertar os meus direitos, 
E não exigir desta vida um rumo ou decisão. 
Porque sou mulher como qualquer uma, 
Com dúvidas e soluções, com erros e acertos, 
Com amores e desamores, suave como uma gaivota, 
Tranquila e pacificadora, 
Mas ao mesmo tempo irreverente e revolucionária, 
Feliz e infeliz, realista e sonhadora, 
Submissa por condição e independente por opinião, 
Porque sou mulher com todas as incoerências que fazem de nós o FORTE SEXO FRÁGIL.

Esta música reflete bem meu momento atual, sei que preciso mudar, recomeçar, encontrar-me ou reencontrar.
Não posso continuar a ficar parada, tenho que agir, reagir.
Preciso mudar!  

(Poema retirado de pensamentos-de-margarida.blogs.sapo.pt)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amigo secreto



Amigo Secreto do Mister Cuca na casa da Iza.. Que coisa, eu e a Bruna nos tiramos.. sahuishaiushaish
Ganhei uma blusinha, brinco e uma pulseira. Adorei..
Na foto está a Juliana, Dany Loira, eu, Bruna, Amanda, Izadora, Dany May e Carol.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A estrada





Ela começou numa incrível reta
eu não conseguia ver onde era o fim...
no horizonte apenas existia aquela miragem
de quem um dia,eu chegaria naquele oasis
era ingenuidade acreditar
a estrada ainda estava por ensinar-me
ainda existia tanto para ver....para aprender...
porque haveria eu de acelerar?
no início eu gostei...naveguei calmamente
quando encontrei minha primeira tempestade
deslizei pelo asfalto eu já ía tão rápido
que mesmo agua planando não me aconteceu nada
pois continuava naquela eterna recta
ah, mas que recta, era interminável
foram várias tempestades
sobrevivi a todas
eu já acreditava ser filho das nuvens davam-me afecto com relâmpagos...
eu gostava, mesmo sem os merecer
quando o tempo melhorou o Sol reapareceu
clareou o meu caminho então voltei a acelarar mais um pouco
estava tão rápida....eu acreditava que poderia voar...
e tentei...
obviamente não saí um centímetro do solo
faltavam-me as asas....mas eu criei-as,
pouco antes de decolar...desisti
as minhas asas não eram assim tão resistentes
eu estava realmente muito veloz
continuei pela estrada,
tentava olhar por toda a minha volta
tudo passava tão rápido
eu não conseguia focar qualquer objecto
como se tudo fundisse em um só elemento
avistei então uma densa névoa
e mergulhei nela sem desacelerar
eu apenas seguia os meus instintos
percebi então que a estrada tornou-se de sentido único
e mais à frente consegui ver através da névoa
uma sútil inclinação e logo a seguir curvas contra curvas
quanto mais eu entrava naquele jogo
mais eu sentia que estava-me a perder-me
a névoa estava cada vez mais intensa
meus instintos já não me guiavam
a noite tomou conta da fotografia
já não havia outra solução
eu precisava de uma orientação
então pensei... qual é o meu destino?
já estava perdida...sem rumo desde o momento que entrei nesta estrada
não desacelerei um só momento...
Tirei as mãos do volante...
fechei os olhos...
e acelerei até o fim!

(Poema retirado de pensamentos-de-margarida.blogs.sapo.pt)